XI Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil | Inscrições abertas!

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Estão abertas as inscrições para o décima primeira edição do Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicleta no Brasil! Até agora, foram 10 edições, com 79 Premiações e 58 premiados, sendo 27 da Sociedade Civil,  24 de Empresas 3 do Poder Público e 1 Universidade. Desde 2014, a Transporte Ativo em parceria com o Itaú Unibanco, realizam a atividade que consiste em premiar as melhores iniciativas de promoção ao uso de bicicletas no país, nas categorias, Ação Educativa e de Conscientização, Levantamento de Dados e Pesquisas e Empreendedorismo.

Este ano a premiação será de 5 mil reais, para os projetos vencedores em cada uma das três categorias, para serem investidos no projeto vencedor ou em novas ideias a serem postas em prática!

Saiba mais e Inscreva seu projeto clicando aqui.

Boas ideias merecem ser reconhecidas e homenageadas!

Conheça os resultados das edições anteriores.
2023  |  2022  |  2021  |  2020  |  2019  |  2018   |   2017   |   2016   |   2015   |   2014

 

XI Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil


Vem aí, a décima primeira edição do Prêmio Promovendo a Mobilidade por Bicicletas no Brasil! Desde 2014, a Transporte Ativo em parceria com o Itaú Unibanco, realizam a atividade que consiste em premiar as melhores iniciativas de promoção ao uso de bicicletas no país, nas categorias, Ação Educativa & de Conscientização, Levantamento de Dados & Pesquisas e Empreendedorismo.

Semana que vem, terão início as inscrições, que seguirão abertas até o final de Maio. Comece já a preparar seu material para envio.

Boas ideias merecem ser reconhecidas e homenageadas!

Conheça os resultados das edições anteriores.
2023  |  2022  |  2021  |  2020  |  2019  |  2018   |   2017   |   2016   |   2015   |   2014

NitBike, as bicicletas públicas de Niterói

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Já não é novidade, a mobilidade ativa tem no compartilhamento de bicicletas um aliado há muitos anos mundo afora. Quando uma cidade investe em ciclovias, redução de velocidade nas vias, qualificação de calçadas e áreas públicas para as pessoas podemos afirmar que ela escolheu o caminho da evolução na gestão de seu espaço. O modelo atual de mobilidade motorizada individual foi superado, é um fracasso inquestionável, não atende à realidade e as necessidades das cidades de hoje. A bicicleta cai como uma luva no desafio de melhorar o uso do espaço urbano e os sistemas de compartilhamento de bicicletas são a grande ideia para mobilidade desse milênio (nota: embora tenham surgido em 1965 ganharam força e relevância nos anos 2000).

Há várias cidades brasileiras que possuem Sistemas de Compartilhamento de Bicicletas, grandes ou pequenos, pagos ou gratuitos. Não há como negar sua influência positiva para a mobilidade, qualidade de vida e até segurança das cidades.

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No estado do Rio de Janeiro temos um caso emblemático de cidade média que merecia um sistema desses há muito tempo. Niterói, vizinha próxima do Rio de Janeiro tem meio milhão de habitantes, uma imensa frota de automóveis em uma área pequena, logo, transitar por lá é um desafio que requer paciência. Por necessidade e praticidade a bicicleta sempre foi muito usada na cidade, mas explodiu nos últimos anos com os investimentos da cidade em promover o uso da bicicleta, no melhor estilo de “construa e eles virão”. A chegada das bicicletas roxas do NitBike é uma justa e merecida novidade em Niterói. O sistema gratuito de uso público de bicicletas tem previsão de ganhar as ruas em maio de 2024 e, num primeiro momento terá 50 estações e 600 bicicletas nos bairros mais centrais da cidade.

É a coroação do caminho que uma cidade está tomando para amenizar seus problemas de mobilidade, poluição do ar, má ocupação do espaço urbano e prejuízos com engarrafamentos. Sempre há muito a se fazer nesse sentido e as barreiras à mobilidade mudam de forma e tamanho com frequência. Mas Niterói completou uma etapa importante deixando claro que está firme no propósito de garantir espaço e força à bicicleta como ferramenta promotora de qualidade de vida nos deslocamentos de sua população. Neste sentido, e apesar da baía que nos separa fisicamente, Rio e Niterói se aproximaram. Seja com nossas bicicletas pessoais ou nas compartilhadas vamos pedalar cada vez mais lá e cá. Por mais pessoas em mais bicicletas (laranjinhas ou roxinhas) mais vezes!

Pedalada Museu na Rua – Entre Ruas e Rios

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No último sábado 2 de março realizamos em parceria com o Museu do Amanhã a pedalada Museu na Rua, saindo da Praça Mauá até o Aterro do Flamengo. Com paradas na Praça XV, Largo da Carioca, Praça Luís de Camões, no Deck da Foz do Rio Carioca e no Monumento a Estácio de Sá os educadores do Museu trouxeram reflexões sobre os rios da cidade, que foram cobertos, canalizados, poluídos, esquecidos.

Novamente a bicicleta foi a parceira perfeita para esse misto de aula-passeio-exercício de mobilidade ativa. Tivemos duas pessoas cegas recebendo as informações por áudio descrição de seus guias. Cerca de 25 pessoas pedalaram pelas ciclovias e ciclofaixas entre o centro e o Aterro do Flamengo. A experiência completa de conhecimento de sua cidade é bem mais prazerosa e proveitosa quando a fazemos pedalando.

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Nenhuma cidade é perfeita, a sua história e o seu desenvolvimento podem ter episódios ruins, mas sempre há tempo de mudar, corrigir, evoluir. Passamos pela Praça da Justiça, inaugurada recentemente com calçadão, ciclovia, arborização, bancos, estação de bicicleta pública. Onde antes havia estacionamento para alguns carros agora há um espaço verdadeiramente público.

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Ao devolver a cidade para as pessoas elas podem conhecer a sua história (boa ou ruim), aprender sobre ela e se apropriar dela como verdadeiros cidadãos. Só daí virão as mudanças no planejamento urbano e principalmente no que as pessoas querem para a sua cidade no presente e no futuro. Nesses passeios vivenciamos a cidade como queremos, mais para as pessoas que para os carros.

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A bicicleta inteligente

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Há uma novidade na rede: o acesso à inteligência artificial se popularizou e com ele vieram promessas de avanços antes inimagináveis e uma certa ‘surpresa’ com os problemas inéditos que surgiram. Não raro as pessoas ignoram que a tecnologia só é um avanço se o fator humano quiser e deixar.
Enfim, não demorou para que a inteligência artificial chegasse às bicicletas. Uma fábrica patenteou um sistema que em tese aprende com o ciclista e muda regulagens sem a atuação do ciclista. Altura do selim e ajustes de suspensão seriam feitos de acordo com uma interface entre os dados coletados pelo computador central e o retorno do ciclista sobre os ajustes serem bons ou não. Ao repetir o mesmo trajeto a bicicleta se ajustaria automaticamente para melhorar conforto e eficiência.

Polêmica à vista. O consumidor tem total liberdade de escolha sobre qual produto e com qual tecnologia comprar. Mas o lado lúdico da bicicleta está justamente em ser um dos veículos mais integrados ao ser humano. Usando até cinco pontos de apoio e propulsão humana na condução da bicicleta convencional a sinergia é total, sem dispositivos que interferem na relação com o movimento e com o que o ciclista sente ou quer fazer. Ao mesmo tempo ela só proporciona as sensações se o condutor fizer força nas pernas, nos braços, em todo o corpo e… pensar.
Ao colocarem um motor à combustão ou elétrico nas bicicletas a tal sinergia ligada à força que se faz para ela se movimentar foi parcialmente mascarada, anestesiada. Agora um computador poderá regular partes móveis da bicicleta diminuindo a sinergia do pensar no pedalar.

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Será mesmo necessário ou mesmo importante interferir tão profundamente nessa invenção fantástica cuja relevância para a humanidade nunca diminui? Muitos avanços tecnológicos caros e complexos chegaram à indústria e ao mercado da bicicleta e não conseguiram tornar obsoleta a bicicleta tradicional. Este provavelmente será mais um.

A bicicleta é aquele veículo simples que te leva perto (ou longe), com a força de seu corpo, sob controle da mente e com o rosto ao vento, transporta suas coisas, seus sonhos, sua liberdade, acelerando seu coração e seu metabolismo para te deixar mais saudável e feliz, tudo isso de forma compacta, limpa e silenciosa, por um custo acessível e que pode até ser consertada por você mesmo! Tem algo mais inteligente que isso?

Ser original e inovador é usufruir do que a inteligência humana criou de melhor e mais acessível, democrático para facilitar nossa vida, amenizar desafios, proporcionar saúde, economia, desenvolvimento e sustentabilidade. Veja na bicicleta uma aliada como ela é e pedale que o mundo gira.

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